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Editorial Frederico Peçanha Couto – Presidente
10 de Abril de 2013

Quando o assunto é a infraestrutura rodoviária do nosso país, inúmeros questionamentos surgem como a locação de recursos, a importância e funcionalidade de determinadas rodovias, obras paliativas que não resolvem os problemas, entre outras indagações que nos mostram o quanto o Brasil ainda precisa avançar nesse setor.

Não é preciso ir longe para constatar o quanto estamos atrasados e deixamos a desejar. Ao visitar países da Europa, os Estados Unidos, e até mesmo Argentina e Uruguai, nossos vizinhos, é possível observar que houve um planejamento de infraestrutura, diferente do Brasil, onde existe distorções que precisam ser revistas.

Algumas obras rodoviárias recebem recursos vultuosos, mas sua utilização não condiz com o investimento (VMD). Abro aqui um parênteses para ressaltar que obras estruturadas, planejadas e grandiosas, precisam e devem ser feitas. Parabenizo os políticos que conseguem direcionar recursos para sua região para esses fins, no entanto a pergunta que fica é: isso é bom para o Brasil? Não seria mais viável investir em obras que atendam o maior número de pessoas possível e diminuir assim consideravelmente o número de acidentes e mortes em rodovias precárias com grande circulação? São justamente nessas rodovias que circulam as maiores riquezas do país e nosso PIB é diretamente afetado pela falta de estrutura de grande parte das estradas que cortam nossos estados.

 

Muito de nossa infraestrutura paupérrima se da pela mentalidade que infelizmente ainda predomina em nosso país, que são os investimentos em obras baratas e que não oferecem soluções. É impossível realizar uma obra estruturada e eficiente sem gastar.

Obras tacanhas me envergonham e nos mostram que faltam visionários, pessoas que conseguem planejar o futuro e enxergar a via de mão única que se apresenta a quem quiser ver, o desenvolvimento estrutural do Brasil. A Alça Sul, que liga a BR-356/MG á MG-030 tem a missão de desviar o trafego de quem vem do Rio de Janeiro através da BR.-356/MG e vai para o centro de Nova Lima, evitando o entorno do BH Shopping em Belo Horizonte, esta “alcinha” é um bom exemplo de uma obra tacanha, que deixa a desejar e reforça meu sentimento de indignação. Em contra partida destaco a importância de um mineiro visionário, Juscelino Kubitschek. Em 1940 quando foi eleito prefeito de Belo Horizonte construiu a Avenida Antônio Carlos com oito faixas de trafego, divididas em quatro pistas, sendo duas no sentido Pampulha-Centro e duas no sentido Centro-Pampulha. Juscelino enxergava além do necessário para aquele momento e por isso se tornou um ícone de nossa história e uma referência para os líderes.  

Deixo aqui um convite para reflexão daqueles que estão à frente de órgãos públicos e empresas privadas e que tem o poder de decisão nas mãos. Nosso estado e país só vão avançar e de fato levar o desenvolvimento a todas as regiões quando nossa mentalidade e ações mudarem.

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